sexta-feira, 10 de setembro de 2010

” Isso prova que a pontualidade é uma excelente virtude para uma máquina; mas um grave defeito para o homem.”

Estava eu essa semana lendo pela 3º vez em alguns anos o romance Cinco minutos de José de Alencar, ótimo livro, já li outros livros desse autor e gostei muito. Só que esse me chamou uma atenção em especial. Com apenas 48 páginas ele tem um dimensão maior do que Senhora e O guarani por exemplo, sarcastico e romântico, percebemos que assim ele foge dos métodos de autores conteporâneos do romantismo, com uma sátira ardilosa para com a burguesia da época e uma história de amor que nos leva acreditar em um final trágico mas que termina feliz, uma crítica ao homem moderno da época que já começa a dar sinais de escravidão perante o relógio. Foi esse ultimo tema que me chamou mais atenção, principalmente quando ele finaliza o livro com a frase : ” Isso prova que a pontualidade é uma excelente virtude para uma máquina; mas um grave defeito para o homem.”


Isso me fez comparar o perfil das pessoas que sempre chegam adiatadas e atrasadas em algum momento. As primeiras são sempre meticulosas, anciosas, organizadas, preparadas… As segundas estão em busca de emoção, aventura, prontas para reajir a qualquer infortúnio, despreucupadas mas desorganizadas…

Dentre as duas prefiro ser a última. Com quem numca aconteceu de marcar um encontro com alguém e ela não aparecer? Se chegassemos pontualmente… todo o tempo que poderiamos ter desfutado descansando em casa, ficamos anciosos, alguns mordem as unhas, outros se auto-destroem imaginando o porquê dessa pessoas não aparecer…

Em fim, se tudo é imprevisível , porque não deleitamos assim da imprevisão?

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